Também conhecido como ‘hookah’ nos países de língua inglesa, ou por ‘shisha’ no norte da África, o narguilé pode causar diversas doenças, sendo as respiratórias as mais observadas.
O que muitos pensam erroneamente é que esse tipo de fumo não é tão prejudicial à saúde. Longe disso: por conter diversas toxinas, pode causar câncer de pulmão, além de doenças cardíacas, tuberculose, herpes, hepatite e outras.
Embora seja difundida a idéia de que o tabaco fumado com o narguilé seria menos prejudicial do que o cigarro, por exemplo, estudos comprovam exatamente o contrário. A suposição de que a água (ou qualquer outro líquido) absorveria a nicotina e limparia a fuligem da queima do tabaco, filtrando-o, foram desmentidas. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB), “uma sessão de arguile equivale a nada menos do que fumar 100 cigarros. A quantidade de fumaça e substâncias tóxicas inaladas nos dois casos é a mesma” (Novaczyk, 2007).
Segundo Viegas (apud Novaczyk, 2007) apenas 5% das impurezas do tabaco são filtradas pela água ou pelo líquido, ou seja, a nicotina encontrada em altas concentrações, tem grande potencial de causar dependência. De acordo com Wareing (apud Khatkar, 2009) “uma sessão fumando o narguilé – isto é, 10 miligramas (de tabaco) por 30 minutos – resulta em níveis de monóxido de carbono 4 ou 5 vezes mais altos do que fumar um cigarro”.
O resultado é que a fumaça do narguilé pode causar doenças cardíacas, enfisemas e câncer de pulmão, mesmo entre os usuários que não tragam a substância. Outras consequências decorrem do uso compartilhado do narguilé, como a transmissão de hepatite, herpes e tuberculose.
A utilização do narguilé no Brasil tem se disseminado, sobretudo entre os jovens, que geralmente desconhecem suas consequências.
“A única forma de minimizar os males causados pelo narguile é evitar o uso e não aspirar a fumaça“, alerta o dr. Sérgio.
Postado por: Andressa França, 01.